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Estratégia Saúde da Família?
A Saúde da Família é uma das principais estratégias,
propostas pelo Ministério da Saúde do Brasil, para reorientar o modelo assistencial
do Sistema Único de Saúde, a partir da atenção básica (BRASIL, 1997). Ela
procura reorganizar os serviços e reorientar as práticas profissionais na
lógica da promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação, enfim, da
promoção da qualidade de vida da população, constituindo-se em uma proposta com
dimensões técnica, política e administrativa inovadora. Ela pressupõe o
princípio da Vigilância à Saúde, a inter e multidisciplinaridade e a
integralidade do cuidado sobre a população que reside na área de abrangência de
suas unidades de saúde (BRASIL, 1998).
Sua expansão ganhou impulso com a Norma Operacional Básica
(NOB-96) (BRASIL, 1997b) que operacionalizou a descentralização de recursos e a
municipalização da saúde, apresentando as orientações para o repasse, aplicação
e mecanismos de controle e acompanhamento dos recursos financeiros que compõe o
Piso da Atenção Básica (PAB), assim com a responsabilidade dos municípios
enquanto gestores (COIMBRA et al., 2005).
A Vigilância à Saúde e sua relação com a Estratégia Saúde da
Família.
Como vimos anteriormente, a ESF tem como objetivo a análise
permanente da situação de saúde da população e a organização e execução de suas
práticas, adequadas ao enfrentamento dos problemas existentes. É composta pelas
ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos e deve
estar amparada nos conhecimentos e técnicas vindos da epidemiologia, do
planejamento e das ciências sociais (GASTÃO e GUERRERO, 2010). Além disso, para
viabilizar suas ações, é necessário compor uma equipe multiprofissional com a
participação de enfermeiro generalista, do médico, um ou dois auxiliares de
enfermagem e agentes comunitários de saúde (TEIXEIRA e COSTA, 2003; BRASIL,
2006).
Entre seus objetivos incluem-se: a prestação da assistência
integral e contínua de boa qualidade à população, elegendo a família e o seu
espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde; a
intervenção sobre os fatores de risco a que esta população está exposta,
humanizando as práticas de saúde por meio de estabelecimento de vínculo de
confiança e contribuindo para a democratização do conhecimento do processo
saúde-doença (BRASIL,1997c).